Os sons da vida. São tantos e muitas vezes queremos apenas o silêncio. Não escutar nada e ninguém. Pois há sons que doem. Silenciar a alma, seria possível? Acho que não.
Não ouvir é como viver num quarto escuro. Não ouvimos os chamados, as palavras de amor, os pedidos de perdão, nossas vítimas gritando por misericórdia, os convites de felicidade. Simplesmente não ouvimos.
Os sons da vida são tantos e muitas vezes divinos. O barulho da chuva, o canto do sabiá, o vento soprando nas folhas das árvores. A natureza está sempre a cantarolar.
Há também aqueles sons que não sabemos distinguir. De onde eles vêm? O que são? Aguçam nossa curiosidade.
E existe o som da consciência, às vezes perturbante. E por mais que tapemos nossos ouvidos, sempre iremos escutá-la, pois nunca irá se calar.
Gosto do sons. Deles nascem minhas canções, minhas lembranças, minhas histórias de vida. São tantos. Certos sons nunca se vão, outros eu gostaria que voltassem, pois soam como música a meu coração. Mas sons são únicos, como pessoas. Algumas ficam, outras se vão. E a orquestra da vida nunca para, só muda o tom.
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